O Talmude, ao ser redigido, codificou os hábitos que haviam sido estabelecidos ao longo das gerações. A lei talmúdica estabelece que quando um homem e uma mulher decidem casar-se, ele precisa dizer-lhe que ela passa a ser sua esposa. Ela, por sua vez, deve aceitar de livre e espontânea vontade. Tal ato deve ser realizado diante de duas testemunhas válidas, mediante uma das formas aceitas pelo judaísmo para se contrair matrimônio, entre as quais, a entrega simbólica de uma soma em dinheiro, uma garantia escrita ou através do Kidushei Biá, ou Matrimônio por Cohabitação (relação sexual). Neste último caso, a cerimônia terminava com a mulher entrando na tenda do marido, ato que marcava o início de uma vida em comum. Na época talmúdica o casamento era feito em duas etapas. A primeira era a promessa ou "noivado" - em hebraico, erussin ou kidushin. Era de fato um compromisso moral, que podia ser revogado por uma das partes. Possuía praticamente a validade do matrimônio, mas não conc...