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A outra face de Martim Lutero



Você sabia que Martim Lutero o pai e fundador do protestantismo era muito unido a comunidade judaica mas isto não durou muito.
Podemos quase afirmar que as palavras proferidas por ele foram como combustível a mais no holocausto nazista.



Em 1523, Martim Lutero escreveu:

Talvez eu consiga atrair alguns judeus para a fé cristã, pois nossos tolos, os papas, bispos, sofistas e monges... até agora os têm tratado tão mal que... se fosse judeu e visse esses idiotas cabeças-duras estabelecendo normas e ensinando a religião cristã, eu preferiria ser um porco a ser cristão. Pois esses homens trataram os judeus como cães, e não como seres humanos.

Essa declaração foi feita no início do período da Reforma, quando Lutero ainda era muito jovem. Nos anos seguintes, entretanto, ele ficaria cada vez mais irritado com o fato de que os judeus, ao lado de quem ele se colocara contra os preconceitos da Igreja Católica Romana, recusavam-se terminantemente a se converter ao Cristianismo.

Vinte anos mais tarde, amargurado e desapontado, Lutero escreveu estas palavras inacreditáveis a respeito do povo que um dia defendera:

Em primeiro lugar, suas sinagogas deveriam ser queimadas... Em segundo lugar, suas casas também deveriam ser demolidas e arrasadas... Em terceiro, seus livros de oração e Talmudes deveriam ser confiscados... Em quarto, os rabinos deveriam ser proibidos de ensinar, sob pena de morte... Em quinto lugar, os passaportes e privilégios de viagem deveriam ser absolutamente vetados aos judeus... Em sexto, eles deveriam ser proibidos de praticar a agiotagem [cobrança de juros extorsivos sobre empréstimos]... Em sétimo lugar, os judeus e judias jovens e fortes deveriam pôr a mão na debulhadeira, no machado, na enxada, na pá, na roca e no fuso para ganhar o seu pão no suor do seu rosto... Deveríamos banir os vis preguiçosos de nossa sociedade ... Portanto, fora com eles...

Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.



Com essas palavras, e a atitude assustadora por trás delas, o alemão Lutero lançou os fundamentos do anti-semitismo do Terceiro Reich. Muitos de seus compatriotas puderam afirmar, séculos depois, que estavam seguindo a orientação de Lutero ao incendiarem sinagogas judaicas durante a Kristallnacht ["Noite dos Cristais"], episódio que se tornou o ponto de partida para acontecimentos muito piores [durante o tempo do nazismo].

Com razão, o Dr. Michael Brown, um judeu messiânico, pergunta:

Seria possível que [...] um homem cujos escritos deflagraram a Reforma Protestante, [...] cujos comentários sobre Romanos e Gálatas contribuíram para as conversões de John e Charles Wesley [...] seria possível que suas palavras tivessem ajudado a atiçar as chamas dos fornos de extermínio nazistas?[3]

Em seu livro Why the Jews [Por Que os Judeus?], Dennis Prager e Joseph Telushkin escrevem:

[...] os escritos posteriores de Lutero, atacando os judeus, eram tão virulentos que os nazistas os citavam freqüentemente. De fato, Julius Streicher argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martim Lutero não tivesse dito 400 anos antes.

O próprio Hitler considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, "o Grande", e Richard Wagner.

Ao executarem seu primeiro massacre em larga escala, em 9 de novembro de 1938, no qual destruíram quase todas as sinagogas da Alemanha e assassinaram trinta e cinco judeus, os nazistas anunciaram que a perseguição era uma homenagem ao aniversário de Martim Lutero.

Portanto, em seus últimos anos de vida, Martim Lutero pode ter abortado o efeito da Reforma que ele mesmo havia iniciado, por causa de seu ódio e de seus discursos amargos contra o povo Judeu.
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Sobre os judeus e suas mentiras


Sobre os Judeus e Suas Mentiras (do alemão Von den Juden und ihren Lügen) é um tratado escrito em Janeiro de 1543 pelo teólogo protestante Martinho Lutero, em que defende a perseguição dos Judeus, a destruição dos seus bens religiosos, assim como o confisco do seu dinheiro.

Ainda que, inicialmente, Lutero tenha tido uma visão mais favorável dos Judeus, a recusa destes em se converter ao movimento protestante que se iniciara levou Lutero a adoptar diversas acusações e incentivar um anti-semitismo que, juntamente com outras obras e ideais.

Lutero escreve que aqueles que continuam aderindo ao Judaísmo "devem ser considerados como sujeira.", escreveu ainda que eles são "cheios de fezes do diabo ... que eles chafurdam como um porco" e a sinagoga é "uma prostituta incorrigível" Ele argumenta que as suas sinagogas e escolas devem ser incendiadas, os seus livros de oração destruídos, rabinos proibidos de pronunciar sermões, casas arrasadas, e propriedade e dinheiro confiscados. Eles não devem ser tratados com nenhuma clemência ou bondade, não permitir nenhuma proteção legal, e esses "vermes venenosos" devem ser dirigidos a trabalho forçado ou expulsos para sempre. Ele também parece tolerar o assassinato de Judeus, escrevendo "temos culpa em não matá-los."

Trechos

“(…) Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros lugares… Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno. Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno.”

“Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.”

“Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.”

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