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quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Êxodo

Análise Históica e Arqueológica da Veracidade do Exôdo
Êxodo! Por milhares de anos o épico bíblico tem atraído a imaginação humana. Mas ele aconteceu mesmo? Alguns arqueólogos, como o professor Philip Davies da Universidade de Sheffield, UK, firmam que, quando se trata do Êxodo, não temos provas do que ocorreu e há muitas provas de que não aconteceu, que ele foi inventado. Outros como o professor James Hoffmeier da Universidade de Toronto, Canadá, afirma que, algo deve ter acontecido, pois isso, mudou a identidade da antiga Israel e, portanto, não pode ser descartado como um conto de fadas. O que é preciso achar para se provar o Êxodo? Para que ele se torne uma Evidência?

O Êxodo ou Shemot (do hebraico ואלה שמות, Estes são os nomes), está no âmago do cristianismo, do judaísmo e do islamismo. Por milhares de anos, os fiéis a tratam como um fato histórico, mas nas últimas décadas os estudiosos a têm chamado de conto de fadas. Esse knol irá analisar descobertas importantes feitas no século passado e que não foram levadas a sério, por interesses políticos, mas com a ajuda do tempo em transformação, essas descobertas estão sendo desveladas para todos os que possui interesse nesse conhecimento.
Simcha Jacobovici, cineasta e duas vezes vencedor do Emmy por Jornalismo Investigativo, afirma que os estudiosos desperceberam uma prova arqueológica oculta à vista de todos. Mais do que isso, ele parece ter conseguido juntar as peças há muito esquecidas do derradeiro mistério arqueológico. Qual foi o seu procedimento para tal empreendimento bastante desafiador? Segundo Jacobovici, foi rastreando especialistas de uma variedade de disciplinas que, raramente, ou nunca falam uns com os outros. Nenhum desses especialistas assinam a versão da história de Jacobovici, mas muitas delas possuem peças cruciais do quebra-cabeças. E o resultado irá desafiar até os mais céticos.


Antes, vamos relatar, sintéticamente, a história do princípio do êxodo.

A narrativa bíblica começa com o patriarca hebreu Jacó, escapando da seca de Canaã, onde hoje é estabelecido o Israel de nossos tempos, e seguindo para a terra de abundância, a terra das pirâmides, o Egito antigo. Lá, o clã de Jacó, os futuros israelitas floresceram no novo ambiente. Na verdade, José, filho de Jacó, tornou-se tão poderoso quanto os governantes do Egito, os Faraós. Mas, após a morte de José, seu povo foi escravizado pelos egípcios dominantes. Mas de um século depois os egípcios passaram a temer uma revolução e instituíram a política de afogar todos os meninos israelitas. Foi quando nasceu o trineto de Jacó. Para evitar sua morte, o menino foi escondido entre os juncos onde foi achado pela filha do faraó. A princesa o adotou e o chamou de Moisés. Quando Moisés cresceu ele tomou o partido dos seus irmãos oprimidos e após assassinar um egípcio, fugiu para o deserto. Sessenta anos depois, ele voltou para expressar o inesquecível pedido: "Deixe meu povo partir!" Dez vezes o Faraó disse não a Moisés e dez vezes Deus puniu o Egito com pragas catastróficas, até que, por fim, matou todos os primogênitos egípcios. Por fim, o faraó deixou os israelitas partirem mas então, mudou de idéia e perseguiu Moisés e seus seguidores até a beira do mar.Os israelitas pareciam encurralados, mas o impossível aconteceu. O mar se abriu e os israelitas o cruzaram em segurança.
Moisés liderou seus seguidores até o Monte Sinai, onde eles receberam os Dez
Moisés de Leonardo DaVinci.
Museu de Roma
Mandamentos, as leis sagradas que deveriam levar com eles para a Terra Prometida.
A maioria dos peritos crê que essa história seja um mito então, mesmo com as provas diante deles, eles a ignoram. O exemplo mais dramático disso aconteceu em 1947, quando o arqueólogo Henri Chevrier, achou partes de um monumento, ou estela, datado da época do faraó Ahmose por volta do ano de 1500 A.C. Por incrível que possa aparecer, a estela de Ahmose está coberta de inscrições hieroglíficas que espalham a narrativa bíblica. Hoje, ela está abandonada no porão do Museu do Cairo e todas as tentativas do Jornalista Jacobovici ter acesso a ela não foram bem-sucedidas, por motivos políticos entre Egito e Israel. Assim sendo, Jacobovici, usou a descrição publicada pelo arqueólogo Chevrier reconstríndo a estela e solicitando a um dos maiores egiptólogos do mundo para falar sobre ela, o professor Donald Redford, da Universidade da Pensilvânia, afirma que ela relata uma grande catástrofe ocorrida no Egito, envolvendo grandes tempestades, cataclismas climáticos, pestes, o escurecimento do sol, chuva de fogo e granizo. Essas tempestades são muito raras no nordeste da África, isto é, ela é uma região seca e é bastante peculiar termos o relato bíblico e essa estela com o mesmo relato no mesmo período.

O fato é que esta estela tem a chave para o enigma do Êxodo. A bíblia diz que, na época do Êxodo houve uma grande tempestade. A estela de Ahmose também fala de uma grande
Parte da estela de Ahmose
British Museum - Cairo
tempestade. A Bíblia diz que as trevas desceram sobre o Egito e a estela diz que o Egito foi envolto em escuridão. Embora os egípcios adorassem vários deuses, na estela está escrito que a escuridão e a tempestade se deram quando Deus, no singular, manifestou seu poder.



No Museu do Cairo, Egito, é considerado o lar das mais famosas múmias já desenterradas e nesse local encontra-se também o Faraó Ahmose, que enfrentou o Deus de Moisés. O pai de Ahmose é o Faraó Seqenenre Tao II, um dos faraós que oprimiu os israelitas. De acordo com a maioria dos peritos, seu crânio foi esmagado por machados inimigos. Ahmose possui uma etimologia bastante interessante significando " a lua nasceu". Será que Sequnenre Tao II escolheu esse nome pelo fato dele ser um jogo de palavras? Em hebraico, Ahmose significa "irmão de Moisés".

Na história, o faraó Ahmose é famoso por expulsar uma nação estrangeira do Egito por volta de 1.500 a.C. Na época o egito era governado por pessoas que os antigos chamavam de hicsos. Até recentemente, pouco se sabia sobre os hicsos, então, nos anos 60, Avaris, sua antiga capital foi descoberta ao norte de Cairo. Avaris foi uma cidade fortificada, dominada por
Faraó Ahmose
British Museum - Cairo
palácios e em 3.500 a.C ela era cercada por afluentes do Nilo. Avaris foi descoberta pelo Prof. Manfed Bietak, da Universidade de Viena. Embora poucos hectares estejam expostos hoje, nos tempos antigos, Avaris parece ter dominado a região, sendo bem maior tendo aproximadamente 250 hectares. Foi lugar de grandes residências dos faraós egípcios. Avaris era formada por hicsos, que em grande maioria, segundo os egípcios, eram semitas e que partiram em massa num êxodo, conhecido como " A Expulsão dos Hicsos".


O Dr. Charles Pellegrino, Autor de diversos livros, afirma que, independente da Bíblia, nós temos a história dos hicsos sendo expulsos do Egito. Creio que as duas histórias estão relacionadas, descrevendo o mesmo evento sob pontos de vista diferentes.


Se a expulsão dos hicsos e o Êxodo bíblico são o mesmo evento, então podemos achar a evidência tão desejada do Êxodo bíblico durante o tempo dos hicsos. Mas, alguns especialistas afirma que os hicsos e os israelitas não podem ser o mesmo povo, porque os hicsos teriam deixado o Egito centenas de anos antes do nascimento de Moisés. Eles também afirmam, que a cronologia do Egito antigo, não pode ser alterada, como afirma o Prof. William Dever da Universidade de Arizona. Mas, alguns afirmam que tal data da expulsão dos hicsos, pode também não estar correta, ou seja, e se os peritos esse evento em um período errado? Imagine a confusão se, no futuro, eles situarem a Segunda Guerra nos anos 90, no decorrer das gerações ou por motivos políticos? Jamais irão achar provas de que ela tenha acontecido. Em geral, a maioria dos peritos data o Êxodo em 1270 a. C, durante o reinado de Ramsés II. Mas hoje, alguns especialistas estão abandonando esse consenso. Os cálculos do Prof. Bimson, da Universidade de Havard, mudam o Êxodo da data atual para 1.470 a.C, a menos de 100 anos, da data tradicional da expulsão dos hicsos, perto demais para ser coincidência. Então, temos uma nova data para o Êxodo, cerca de 1.500 anos a.C. Para o Prof. Donald Redford, quando falamos dos hicsos e da expulsão dos hicsos, estamos falando do Êxodo. E sabemos pela Bíblia, que os israelitas chegaram no Egito, cerca de 200 anos antes do Êxodo. No hebraico original a Bíblia chama os israelitas de "O Povo de Deus", ou "Amo Israel". Se estivermos certos quanto as datas, devem existir provas arqueológicas da chegada desse Amo por volta de 1.700 a.C. A 400 km ao sul de Avaris, fica a tumba de Beni Hassan datada em 1.700 a.C. Nessa tumba, foi encontrada pinturas na parede perfeitamente preservadas que registram uma migração antiga para o Egito. Alguns especialistas afirmam, que não há evidências que comprovam a migração de israelitas para o egito nessa época, as pinturas envolve personagens barbudos sobre mulas, levando famílias e rebanhos para o Egito e usavam túnicas

coloridas, como demonstra a Bíblia também. A inscrição hieroglífica na parede, algo peculiar, chama esse povo de Amu, ou o Povo de Deus. Procurando no lugar certo e no período certo, Simcha Jacobovici, é o primeiro a reconhecer uma imagem verídica da migração dos israelitas para o Egito.

A Bíblia relata que, na época da chegada deles, um israelita alcançou os níveis mais altos do poder egípcio. Ele se chamava José, filho de Yakov, ou Jacó. Ele se tornou tão poderoso que usava no dedo o selo da autoridade real. Porém, descobrir o selo de José em Avaris, provaria que os israelitas chegaram

aqui exatamente quando a linha de tempo prevista por Jacobovici prediz. Mas isso seria achar uma agulha no palheiro arqueológico de 3.700 anos a.C. Mas o selo de José foi achado, e não somente dele, mas nove selos no total, pertencido pelos oficiais da corte de José. Neles estão escrito o nome hebraico Yakov, pais de José. Esse é o único período em que um nome hebraico aparece num selo real egípcio, ligando Avaris diretamente com a Bíblia. Mas o Prof. Bietak se afastou da cronologia bíblica, pois ele estava sempre sendo vigiado pelos arqueólogos egípcios que proibiram a entrada de filmadoras e câmeras em Avaris, afim de não dar autoridade ao Israel moderno sobre o local. Supostamente, por razões de conservação, o Prof. Bietak é obrigado a cobrir suas escavações todos os anos. Depois a área é arada, plantada e cultivada por fazendeiros. Ninguém suspeita que sob esses campos há um tesouro arqueológico que prova o Êxodo bíblico.





 
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