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O Hebraico Moderno

Eliezer Ben-Yehuda
O renascimento do Hebraico como língua falada foi possível graças aos esforços de Eliezer Ben Yehuda. Anteriormente um revolucionário na rússia czarista, Ben-Yehuda juntou-se ao Movimento Nacional Judaico e emigrou para a Palestina em 1881. Motivado pelos ideais que o circundavam de renovação e de rejeição do estilo de vida dos judeus da Diáspora, dedicou-se a desenvolver uma nova língua que os judeus pudessem usar para a comunicação do dia-a-dia.
Apesar de a princípio o seu trabalho ter sido desprezado, a necessidade de uma língua comum começou a ser entendida por muitos. Em breve seria constituido o Comitê da Língua Hebraica. Mais tarde tornar-se-ía a Academia da Língua Hebraica, uma organização que existe até os dias de hoje. Os resultados do seu trabalho e do do comité foram publicados num dicionário (O Dicionário Completo de Hebraico Antigo e Moderno). Ben-Yehuda baseou o hebraico moderno no hebraico bíblico. Quando o comité decidia inventar uma nova palavra para um determinado conceito, Yehuda procurava em índices de palavras bíblicas e dicionários estrangeiros, particularmente de árabe. Enquanto que Yehuda preferia as raízes semíticas às européias, a abundância de falantes europeus de hebraico levou à introdução de muitas palavras estrangeiras. Outras mudanças que tiveram lugar à medida que o hebraico voltava à vida foram a sistematização da gramática, uma vez que a sintaxe biblica era por vezes limitada e ambígua; e a adopção da pontuação ocidental.
A influência do russo é particularmente evidente no hebraico. Por exemplo, o sufixo russo -ácia é usado em nomes onde o português usa o sufixo -ação. Isto aconteceu tanto em empréstimos directos do russo, como por exemplo "industrializacia", industrialização, e em palavras que não existem em russo. A influência do inglês é também muito forte, parcialmente devido à administração britânica da palestina, que durou cerca de 30 anos, e devido a laços fortes com os Estados Unidos. A influência do Ídiche é também notada, nomeadamente nos diminuitivos. Finalmete o árabe, sendo a língua de numerosos judeus Mizraicos e Sefarditas imigrados de países árabes, assim como dos palestinianos e árabes israelitas, teve uma importante influência sobre o hebraico.
O hebraico moderno é escrito com um alfabeto conhecido como " quadrático". É o mesmo alfabeto, em última análise derivado do aramaico, que foi usado para copiar livros religiosos em hebraico durante dois mil anos. Este alfabeto tem também uma versão cursiva, que é usada para a escrita à mão.
O hebraico moderno têm um jargão rico, que resulta de uma florescente cultura de juventude. As duas características principais deste jargão são os empréstimos do árabe (por exemplo, "sababa", "excelente", ou "Kussémek", uma expressão de forte dissatisfação que é extremamente obscena tanto em árabe como em hebraico).
Devido ao tamanho relativamente reduzido do vocabulário básico, numerosos empréstimos estrangeiros e a regras gramaticais relativamente simples, o hebraico é uma língua simples de aprender. Os israelitas toleram bastante os sotaques estrangeiros.
O hebraico tem sido a língua de numerosos poetas, os quais incluem Raquel, Bialik, Shaul Tchernihovsky, Lea Goldberg, Avraham Shlonsky e Natan Alterman. O hebraico é ainda a língua de numerosos autores, um dos quais é o escritor Shmuel Yosef Agnon, laureado com o prémio Nobel.

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